Com olhar humanizado, Viver Melhor de Mogi Mirim visa autonomia dos idosos

Idealizado pelo Instituto Família Barrichello, projeto Viver Melhor atende atualmente cerca de 350 pessoas em Mogi Mirim

A busca pela autonomia dos idosos é o objetivo principal do projeto Viver Melhor, promovido pelo Instituto Família Barrichello, entidade sem fins lucrativos que combate a desigualdade e a exclusão social por meio do esporte. O projeto, que existe desde 2012, teve início em São Paulo e chegou ao interior paulista há nove meses.

“Em Mogi Mirim, o foco do trabalho com idosos, com idade a partir de 50 anos, é a busca pela autonomia, para que eles envelheçam com uma qualidade de vida melhor. Essa é a nossa proposta”, destacou o professor Marcelo Hunger.

Nas aulas, que acontecem às terças e quintas-feiras no período da manhã, o projeto Viver Melhor utiliza o Método Águia e funciona como uma ‘escola’ para ajudar os idosos a melhorar o condicionamento e ter uma vida saudável, proporcionando a manutenção da independência física.

De acordo com o professor, as aulas são divididas em quatro momentos com o foco no desenvolvimento de aspectos físicos e motores, socioafetivos, cognitivos e de saúde.

“A primeira parte da aula é a neuromotora, que trabalha aspectos relacionados ao sistema nervoso central: memória, raciocínio e ação. A segunda etapa é a força muscular, que visa o fortalecimento da musculatura corporal. A terceira é a cardiovascular, onde fazemos os exercícios aeróbios. A última é a parte de flexibilidade, quando trabalhamos com o alongamento”, explicou Hunger.

“A dinâmica das aulas começa com a montagem dos equipamentos. Depois, explicamos o procedimento neuromotor do dia e os cuidados em relação à segurança. Na sequência, partimos para a parte muscular, com exercícios pré-definidos, parte aeróbia e o alongamento, que também é pré-determinado, encerrando a aula”, detalhou o professor.

“O plano de aulas e o Método Águia foram desenvolvidos pela Cristiane Peixoto, nossa supervisora técnica, que é uma expert em atividade física e envelhecimento. Dentro das atividades, temos objetivos específicos, entre eles a vivência de experiências de socialização e aumento do bem-estar psicológico, melhora nas condições de saúde e dos aspectos cognitivos, como o aprendizado sobre a influência da atividade física no processo de envelhecimento e os efeitos do sedentarismo nessa faixa etária. Temos o desafio de incentivar esse olhar mais social”, complementou a gerente do projeto em Mogi Mirim, Paula Asbahr.

Atualmente, cerca de 350 idosos são atendidos nos quatro núcleos instalados na cidade de Mogi Mirim: Acojamba (Associação Comunitária Jardim Maria Beatriz), Clube São José, Ginásio Maria Paula e Ginásio do Tucurão.